O Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual (Ideme), divulgou, na tarde desta quarta-feira (6), o 16º Caderno Temático da Paraíba – Planejamento e Implementação de Políticas Públicas e Sociais 2000-2010. O levantamento indica, principalmente, o crescimento da população paraibana acima de 60 anos – que, em 2000, correspondia a 10,17% do total de habitantes do Estado e, em 2010, já era 11,98% – e a redução da população jovem.
Em geral, a publicação contém dados estatísticos sobre a população paraibana, enfocando a faixa etária. De acordo com o superintendente do Ideme, Mauro Nunes, o objetivo é oferecer dados para que o Governo do Estado possa definir e implementar políticas públicas.
“O estudo foi realizado levando em consideração toda a população da Paraíba e tem fundamental importância para traçar políticas com o intuito de promover o bem estar dos paraibanos. Os resultados, inclusive, já foram repassados para todas as secretarias de Estado, para que possam ser trabalhados e basear futuras ações do Governo”, explicou.
Jovens em queda – Segundo o estudo, a população paraibana apresentou, no período de 2000 a 2010, como uma característica marcante, sucessivas reduções nas faixas etárias mais jovens – de 0 a 24 anos -, com maior incidência de crianças com idade de 0 a 9 anos: em 2000, essa parcela representava 20,15% da população total do Estado e, em 2010, ficou reduzida a 16,04%.
Nas faixas etárias formadas por pessoas com idade entre 10 a 24 anos, observou-se que, em 2000, esse segmento representava 32,01% da população total do Estado, enquanto em 2010 essa participação caiu para 27,83%. “Basicamente, a queda é justificada pela redução nas taxas de fecundidade e de natalidade na década. Antigamente, era comum encontrarmos famílias com grandes quantidades de filhos. Hoje, geralmente elas não passam de três crianças”, disse Mauro.
Envelhecimento – O estudo revelou ainda que o encolhimento na base da pirâmide populacional do Estado da Paraíba, ao longo das duas últimas décadas – de 1991 a 2010 -, em que configura a redução dos segmentos populacionais mais jovens – 0 a 9 anos –, é um fenômeno que vem contribuindo, de forma acentuada, para o intenso processo de envelhecimento da população paraibana. Em 2010, 11,98% da população paraibana era constituída por idosos, enquanto em 2000 a marca era de 10,17%.
De 2000 a 2010, a população adulta, em geral, apresentou variação positiva: a faixa etária de 40 a 44 anos cresceu 3,27%; de 45 a 49 anos, 3,53%; de 50 a 54, cresceu 2,48%; de 55 a 59, 2,66%; e de 60 acima a variação foi de 2,56%. “Esse crescimento da população adulta pode impactar em ações diversas, como previdência e assistência à saúde”, frisou Mauro.
Para o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Gustavo Nogueira, a leitura do estudo já abre reflexão para o aproveitamento dos idosos no setor econômico. “Os dados nos mostram que a população economicamente ativa cresce com um número maior de idosos. É preciso aproveitar essa população no auge de sua fase produtiva, de se preocupar com a absorção dessa mão de obra”, destacou.
No final do próximo mês de julho, o Ideme deve divulgar uma nova série do estudo, com foco no processo de envelhecimento da população paraibana. Já em setembro, deve ser apresentado um balanço populacional do Estado. O Ideme está integrado a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. As pesquisas realizadas tomam como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Análise por gêneros - Uma análise por gênero revela que, tanto no ano 2000, assim como em 2010, o segmento masculino na faixa etária de 0 a 19 anos expressou percentuais maiores do que os verificados para o segmento feminino, na composição da população paraibana. No entanto, a partir dos 20 anos de idade, a participação é predominantemente feminina. “Isso se justifica, em grande parte, pela elevada taxa de mortalidade masculina, motivada por acidentes de trânsito e violência urbana, além de doenças crônicas e degenerativas”, acrescentou Mauro.
População urbana – O estudo ainda destacou o elevado percentual de idosos na composição da população urbana, visto que em 2000 representava 7,17%, passando para 8,85%, em 2010. Já a presença dos idosos no segmento rural, em 2000, era de 3,00% e, em 2010, 3,13%, caracterizando, de acordo com o estudo, um elevado crescimento da parcela de idosos residindo na zona urbana, apresentando, assim, uma taxa geométrica de crescimento anual da ordem de 3,04%.
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