PF detém diretor-geral do Google no Brasil por desobediência


A detenção deve-se ao fato de a empresa não ter retirado do You Tube, mesmo após decisão judicial, vídeos que acusam de crimes Alcides Bernal (PP), candidato a prefeito de Campo Grande (MS).

 O executivo deverá ser liberado ainda hoje, informa a Polícia Federal. "Por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, apesar de trazido para a Polícia Federal, ele não permanecerá preso. Será lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência, com a oitiva do conduzido e sua liberação após a assinatura do compromisso de comparecer perante a Justiça", diz comunicado.


O vídeo no You Tube acusa Alcides Bernal de incentivar o aborto, além de acusações de lesão corporal contra menor, enriquecimento ilícito e preconceito contra os mais pobres.

A Justiça Eleitoral havia negado o pedido de habeas corpus para Fabio Coelho, mantido a decisão de prendê-lo. O Google, que já havia se manifestado sobre o caso, disse que não pode ser considerado responsável pelas imagens, pois o You Tube é apenas uma plataforma.

A empresa ainda não se manifestou sobre a detenção do executivo.

Veja a íntegra da nota da Polícia Federal:

A Polícia Federal recebeu hoje, 26, da Justiça Eleitoral de São Paulo, decisão de cumprimento de ordem judicial proveniente do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul, em relação ao representante da empresa Google no Brasil.

O mandado judicial trata do crime de desobediência previsto no Código Eleitoral (artigo 347), com pena de até um ano de detenção, um crime de menor potencial ofensivo.

Por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, apesar de trazido para a Polícia Federal, ele não permanecerá preso. Será lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência, com a oitiva do conduzido e sua liberação após a assinatura do compromisso de comparecer perante a Justiça. Esse procedimento está previsto na lei 9.099/95 e vale para todos os crimes de menor potencial ofensivo.



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