Após 11 dias de suspensão das vendas de novas linhas da TIM, Claro e Oi nos Estados onde as companhias apresentam os piores indicadores de qualidade do serviço, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) irá liberar nesta quinta-feira, 2, a retomada da comercialização de chips pelas operadoras punidas.Executivos de TIM, Claro e Oi estiveram na semana passada na Anatel para apresentarem seus planos de investimentos e melhorias do serviço até 2014, e uma fonte da cúpula da Anatel revelou hoje à Agência Estado que as propostas foram convincentes e, por isso, as vendas já estarão liberadas a partir de amanhã. "Todos se comprometeram com a diminuição dos índices de reclamação e com a melhoria do completamento das chamadas", afirmou.De acordo com apresentação que será feita em entrevista coletiva hoje às 17h30, as três companhias se propuseram a fazer investimentos somados de R$ 20 bilhões até 2014 para melhorar a qualidade dos serviços de voz e dados. A TIM, que foi suspensa em 18 Estados e no Distrito Federal, prometeu investir R$ 8,2 bilhões no triênio, enquanto a Claro - suspensa em três Estados, incluindo São Paulo - apresentou um plano com R$ 6,3 bilhões. Já a Oi, que foi punida em cinco unidades da Federação, tem um plano de R$ 5,5 bilhões (específicos para as redes móveis da companhia).O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, havia dito na semana passada que esperava um desfecho para a suspensão em até15 dias, mas o trabalho de análise da agência reguladora foi mais rápido que isso. "Agora iremos fazer um monitoramento trimestral em todos os Estados, percorrendo município por município. Além disso, nos municípios com mais de 300 mil habitantes a fiscalização será feita antena por antena", disse a fonte da Anatel.Segundo ela, o órgão irá publicar ainda hoje em sua página na internet os planos completos das operadoras, para que osconsumidores também possam acompanhar o cumprimento dos compromissos. Apesar de não terem sido suspensas em nenhuma unidade da Federação, Vivo, CTBC e Sercomtel também terão que apresentar propostas de melhorias do serviço até o dia 23 deste mês. Estadão