Logo após a divulgação dos resultados eleitorais, Leonardo, filho da advogada Vanda Maria da Silva Duo, 51, enviou uma mensagem brincando com a mãe: "Você ainda teve dois votos. Ficou entre os dez menos votados".
Vanda só havia descoberto que disputava uma vaga para a Câmara Municipal de São Paulo dias antes. "Joguei meu nome na internet e apareceu que era candidata. Fiquei chocada", afirma.
Vanda só havia descoberto que disputava uma vaga para a Câmara Municipal de São Paulo dias antes. "Joguei meu nome na internet e apareceu que era candidata. Fiquei chocada", afirma.
Em 2008, ela disputou a eleição pelo PTN. Teve 761 votos e decidiu que não seria mais candidata. "Me arrependi amargamente", conta a advogada, que não revela em quem votou.
Vanda diz que desde então não mais teve contato com os membros do partido.
Nos últimos dias, ela tem tentado provar que o partido usou documentos da eleição passada para registrar sua candidatura. Já fez um boletim de ocorrência e vai procurar o Ministério Público para que investigue o caso.
"É coisa séria. Tenho que fazer a prestação de contas e encerrar o CNPJ", afirma Vanda, que promete entrar com uma ação contra o PTN.
A advogada afirma que está se sentindo "humilhada" por aparecer na lista do votados na penúltima colocação.
"Tenho dois filhos, pai e mãe. Pelo menos, cinco votos conseguiria", afirma.
O PTN diz que houve um "desencontro de informações" e nega que a inscrição tenha sido feita para cumprir a cota de 30% de mulheres. Dos 106 candidatos da coligação PTN-PT do B, 29 eram mulheres. Ninguém se elegeu.
Folha
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