O cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda não está definido. O Ministério da Educação (MEC), contudo, prevê a divulgação do edital em maio, com inscrições entre junho e julho e provas no final de outubro. Novamente, haverá apenas uma edição este ano. A ideia de se fazer duas provas anuais, defendida com veemência pela presidente Dilma e pelo então ministro da Educação (hoje prefeito de São Paulo) Fernando Haddad no início de 2012, foi descartada por ainda não haver condições técnicas para garantir dois testes em 2013.
Segundo a assessoria do MEC, o atual ministro, Aloizio Mercadante, não é contra as duas edições, apenas acredita que, por enquanto, é preciso garantir a eficiência na aplicação de uma prova. Assim, a proposta de duas edições só deve voltar a ser discutida a partir do ano que vem.
Entre os motivos apontados pelo ministério para rejeitar a aplicação de duas provas no momento está o elevado custo do exame. Em 2012, por exemplo, foi gasto um valor estimado de R$ 270 milhões, já descontando a receita com o valor arrecadado com as inscrições. A logística para aplicar uma prova para mais de quatro milhões de estudantes ainda desafia os técnicos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao MEC responsável pelo Enem.
Para 2012, o MEC havia agendado a aplicação de duas provas: uma em abril e outra em novembro. No entanto, após as falhas verificadas na edição de 2011 (vazamento de questões da prova), a etapa de abril foi cancelada. Em janeiro de 2012, a presidente Dilma minimizou os sucessivos erros no certame e garantiu duas edições para 2013. "Nós melhoramos, vamos melhorar ainda mais e vamos ter depois, no ano que vem (2013), duas edições", afirmou na ocasião. A ideia de duas edições era uma bandeira do ministro Haddad, que queria ver o Enem substituir todos os vestibulares do País. As falhas, no entanto, o fizeram recuar do plano original.
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