A Paraíba fechou 2012 com a maior arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) dos últimos cinco anos (R$ 3,766 milhões), segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), gerando alta de 12,38% sobre o ano anterior.
Mesmo assim não há muito o que comemorar. A Paraíba ocupa apenas a 18ª posição no ranking nacional e sua arrecadação da Cefem representa 0,21% do total coletado no país. Além da baixa participação, o saldo de emprego formal é ainda muito baixo. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, em 2012, o setor de extrativismo mineral gerou apenas 32 postos dos 18,6 mil do Estado.
Em 2010, existiam no Estado 59 empresas da indústria extrativa e, em 2011, o setor tinha como estoque 1.353 trabalhadores no Estado, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho.
Se comparado aos estados nordestinos, a Paraíba ocupa 5ª colocação, ficando atrás da Bahia (R$ 37,249 milhões), Sergipe (R$ 19,050 milhões), Pernambuco (R$ 5,942 milhões) e Maranhão (R$ 4,903 milhões).
O diretor de operações da Companhia de Desenvolvimento e Recursos Minerais da Paraíba (CDRM-PB), José João Correia de Oliveira, atribuiu a alta na arrecadação da Cfem em 2012 aos incentivos voltados ao pequeno produtos. “A exploração de minério está indo bem na Paraíba. Atribuo este crescimento da Cfem em 2012 ao incentivo do Estado com as APLs [Arranjos Produtivos Locais] juntamente aos pequenos produtores de cooperativas”, disse José João Correia.
Segundo ele, em termos de arrecadação do tributo, a Paraíba só perde para a Bahia, Sergipe, Pernambuco e Maranhão, ficando em quinto lugar neste ranking. “Vale salientar que o recebimento da Cfem não tem nada a ver com o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços] mineral”, disse o diretor de operações do CDRM-PB.
O superintendente do Departamento de Produção Mineral na Paraíba (DNPM-PB), Guilherme Henrique Silveira e Silva, afirmou que o crescimento na arrecadação também está relacionado às fiscalizações realizadas no mercado em busca das empresas clandestinas. “Este crescimento é parte das fiscalizações ocorridas nos últimos anos e se refletiram no ano passado. Há sempre um grau de sonegação, mas não se sabe quanto”, disse Guilherme.
Segundo ele, o mercado está aquecido com a produção de materiais como o calcário e minérios de rocha de ornamentação como o granito devido ao crescimento da construção civil.
RADIALISTA SEBASTIÃO BARBOSA
COM G1-PB
Tags:
ECONOMIA