Pedra Lavrada: Professores cruzam os braços e aderem à paralisação nacional


Os professores da Escola Municipal Maria Elenita Vasconcelos Carvalho e da Escola Estadual Graciliano Fontini Lordão aderiram à paralisação nacional dos servidores da educação, programada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Tal movimento reivindica, dentre as principais propostas, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), a valorização da carreira profissional e a destinação de royalties do petróleo e de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Além de reivindicar a valorização dos professores da rede municipal e da estadual, previsto nos planos de cargo, carreira e remuneração do Município de Pedra Lavrada e do Estado da Paraíba, respectivamente.


Professores das redes estadual e municipal apoiam a Grave Nacional

Os professores da rede estadual resolveram paralisar suas atividades nos dias 23, 24 e 25 de abril, seguindo a paralisação nacional. Neste período será realizada uma assembleia entre os professores para a elaboração de um documento, que tem como objetivo tornar públicas as reivindicações da classe.



Por sua vez, os professores da Escola Maria Elenita Vasconcelos Carvalho paralisarão suas atividades nos dias 24 e 25 de abril, ocasião em que será realizada uma assembleia da categoria para discussão das reivindicações. Além disso, a categoria se reunirá com o Secretário de Educação do Município e com o diretor da referida escola para apresentação das propostas e discussão das mesmas.

Os professores da rede municipal se reunirão em assembleia, no dia 24 de abril de 2013, na Escola Maria Elenita, a partir das 08:00h, para a discussão das reivindicações e elaboração de uma pauta para a reunião com o Secretário de Educação e o diretor da escola. A referida reunião será realizada dia 25 de abril de 2013, conforme solicitação dos professores, através de ofício. Os professores aguardam apenas a confirmação da secretaria e da diretoria para definirem o horário. Todos os professores da rede municipal estão convidados para se fazerem presente nos dois momentos, podendo, assim, fortalecer a discussão das reivindicações que são pertinentes a todos da classe.
Os professores da rede estadual, irão se reunir também no dia 24 de abril de 2013, na Escola Graciliano Foniti Lordão, as 13:30h, para a elaboração de um documento com todas as reivindicações e propostas dos professores. Tal documento será encaminhado à Secretaria de Estado da Educação para que se tornem públicas as reivindicações.

Se quisermos uma educação de qualidade, temos que valorizar nossos profissionais da educação, que tanto se esforçam para oferecer uma educação de qualidade para nossos cidadãos. Essa luta não é só dos professores e sim de todos e de todas que se preocupam com o futuro de nosso país.


Palavras da CNTE

Muito se fala sobre os problemas na aprendizagem dos estudantes, mas pouco se tem feito para garantir a formação inicial e continuada de qualidade dos profissionais da educação (professores, especialistas e funcionários) e, sobretudo, para assegurar plenas condições de trabalho e qualidade de vida aos/às educadores/as.

No Brasil, estima-se a falta de mais de 300 mil professores nas redes públicas estaduais e municipais, sem contar os milhares de profissionais que lecionam, sem habilitação, em áreas de conhecimento distintas de sua formação. Entre os funcionários da educação, menos de 10% possuem diploma profissional. 

Por outro lado, a juventude não se sente atraída pela profissão, que perdeu status social e foi duramente desvalorizada ao longo de décadas. Os profissionais que se mantêm nas escolas sofrem com doenças do trabalho – como burnout, alergias, varizes e calos vocais – e estão cada vez mais expostos à violência e às inúmeras e injustas cobranças, que desprezam suas condições de trabalho.
Hoje, 86% das matrículas escolares no Brasil concentram-se na escola pública, e sem que esta instituição seja devidamente valorizada, dificilmente atingiremos melhores índices de distribuição de renda, de emprego de qualidade e justiça social.

Neste sentido, reiteramos aos trabalhadores/as, gestores públicos, parlamentares, pais, mães e estudantes a necessidade de o Congresso aprovar, com urgência, o novo Plano Nacional de Educação e de destinar 100% dos recursos provenientes da exploração do petróleo para a educação pública. Pois, sem estratégias nacionais para se garantir a equidade no atendimento educacional de qualidade, a cidadania e as oportunidades continuarão sendo privilégios de poucos.
Essa luta é de toda sociedade, e não apenas dos/as trabalhadores/as em educação. 
Contamos com o apoio de todos/as!

Abril de 2013
Diretoria Executiva da CNTE



RADIALISTA SEBASTIÃO BARBOSA
COM VOZ DE PEDRA 

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