Mais de 60 municípios paraibanos sofrem prejuízos mensais de mais de R$ 100 mil por conta da seca. A informação é de uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que aplicou um questionário em 163 cidades e verificou essa situação em 62 deles. Outros 25 indicaram uma perda de até R$ 50 mil e 56 entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Para 91,5% dos municípios pesquisados, há perdas mensais importantes.
Conforme a CNM mostra, 157 cidades paraibanas pesquisadas estão sofrendo com a seca. Dos municípios questionados, apenas seis declararam não estar passando por esse tipo de problema. Foi publicada nesta sexta-feira (10), no Diário Oficial da União, uma portaria da Secretaria Nacional de Defesa Civil reconhecendo a situação de emergência em 170 cidades, das 223 da Paraíba, que estão sendo afetadas pela estiagem. Outras 25 tiveram a situação de emergência decretada em novembro e estado permanece em vigor até o final de maio.
Apesar dos prejuízos, a maioria dos municípios recebe apoio do Governo Estadual no que se diz respeito ao enfrentamento à seca. São 101 que dizem recebem auxílio e 48 que não recebem. Já em relação ao Governo Federal, 81 dizem não receber verbas e apenas 66 recebem auxílio. Alguns outros municípios, um total de 15, dizem receber recursos de outros órgãos para enfrentar o problema.
Perdas
Um setor que sofre prejuízos com a seca é o de empregos. O CNM constatou que 77% dos entrevistados indicaram que o desemprego causado pela seca está acima de 20% em suas cidades, sendo essa taxa extremamente alta, segundo a Confederação. São 112 cidades que dizem ter a taxa de desemprego causado pela seca acima de 20%, 27 de 5% a 20% e 7 abaixo de 5%.
Em relação às perdas no setor agropecuário, 89,5% dos municipios pesquisados declararam que perderam cabeças de gado, ovinos e caprinos. Desses, 70 cidades perderam acima de 100 cabeças, 39 de 51 a 100 cabeças e 32 até 50 cabeças.
Mais de 8 mil demandas diárias
A pesquisa da CNM também constatou que em média 8.698 paraibanos procuram as prefeituras diariamente para tratar de problemas relacionados à seca. De acordo com o relatório, nos pequenos municípios, a população tem em suas prefeituras o único ponto de contato para apresentar suas demandas. Por isso, as pessoas afetadas pelos efeitos da estiagem buscam esses órgãos para apresentar alguma necessidade e buscar alguma solução para seus problemas.
RADIALISTA SEBASTIÃO BARBOSA
COM G1-PB
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