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A situação atual da dengue na Paraíba e as ações que estão sendo desenvolvidas pelo Governo do Estado para combater o Aedes aegypti serão apresentadas nesta sexta-feira (10), às 9h, durante entrevista coletiva à imprensa, na sala da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que fica localizado na sede da Secretaria de Estado da Saúde, em João Pessoa. De acordo com o último boletim epidemiológico, de janeiro até 27 de abril deste ano, foram notificados 3.878 casos suspeitos de dengue na Paraíba, sendo 1.034 já confirmados para dengue clássica e 244 descartados.
O boletim epidemiológico foi divulgado nesta quarta-feira (8) e, segundo os dados, houve um aumento de 13,82% no número de notificações de casos de dengue na comparação com igual período do ano de 2012, quando foram registrados 3.407 casos. Com relação ao número de óbitos, três foram confirmados por dengue com complicações, um foi confirmado por síndrome do choque do dengue e sete óbitos estão em investigação. Um óbito já foi descartado.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, informou que, dos 78 municípios que informaram no mês de março os valores do Índice de Infestação Predial (IIP), 27 estão com risco para epidemia da dengue, conforme percentual de positividade de larvas do Aedes aegypti. O IIP é revelado no Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), cuja realização foi indicada em todos os municípios com número maior que 2.000 imóveis. O LIRAa informa o diagnóstico atualizado, sendo a ferramenta indicada para nortear as ações de campo.
De acordo com o LIRAa, as cidades que apresentaram o IIP menor de 1%, cujo resultado é considerado satisfatório, foram João Pessoa (0,9%), Borborema (0,3%), Pilões(0,8%), Pilõesinhos(0,9%), Logradouro(0,8%), Assunção (0,3%), Montadas (0,7%), Riacho de Santo Antônio (0,9%), Baraúnas (0,1%) e Congo (0,4%).
Os municípios que apresentaram IIP entre 1% e 3,9%, ou seja, estão em alerta, foram Cabedelo (2,2%), Santa Rita (2,2%), Itapororoca (3,9%), Alagoinha (1,2%), Riachão (1,3%), Caiçara (1,4%), Guarabira (1,6%), Lagoa de Dentro (1,7%), Cuitegi (1,8%), Dona Inês (2,3%), Cacimba de Dentro (2,8%), Bananeiras (3,0%), Pirpirituba (3,0%), Campo de Santana/Tacima (3,1%), Duas Estradas (1.6%), Serra da Raiz (1.8%), Sertãozinho (3.0%), Barra de São Miguel (1,3%), Boa Vista (1,1%), Cabaceiras (2,5%), Campina Grande (2,6 %),Caturité (1,6%), Puxinanã(1,2%), Soledade (1,2%),Taperoá (2,3%),Cuité (3,1%), Nova Palmeira(2,4%), Pedra Lavrada (1,3%), Camalaú (1,6%), Monteiro (3,8%), Parari(2,1%), Prata(1,7%), São João do Cariri(1,7%), São José dos Cordeiros(1,8%), Sumé (1,4%), Zabelê(2,7%), Piancó (3,3%), São João do Rio do Peixe (3,1%), Marizópolis (1,7%), Pombal (2,3%), Santa Cruz (2,1%) e São José da Lagoa Tapada (1,5%).
Já os municípios que apresentaram IIP maior que 3,9%, o que classifica risco de epidemia, foram Jacaraú (5,1%), Mataraca (5,4%), Belém (5,3%), Araçagi (5,5%), Solânea (6,0%), Mulungu (6,4%), Araruna (11,1%), Casserengue (6.0%), Alagoa Grande (9,2%), Alagoa Nova (10,0%), Areia (4,2%), Barra de Santana (12,2%), Lagoa Seca (4,1%), Cubati (9,4%), Nova Floresta (6,8%), Picuí (6,1%), Ouro Velho (12,2%), São Sebastião do Umbuzeiro (4,4%), Serra Branca (4,6%), Maturéia (4,3%), São Mamede (7,0%), Nova Olinda (7,5%), Brejo do Cruz (10,0%), Brejo dos Santos (11,5%), Cajazeiras (9,6%), Sousa (5,0%) e Juripiranga (14,4%).
“Os municípios que o IIP for classificado em alerta ou de risco, terão o risco de epidemia de dengue reduzido com as ações de eliminação de criadouros e de tratamento focal que serão desenvolvidas em tempo oportuno no município”, disse Talita.
Ainda segundo o LIRAa, foram observados o maior número de larvas do Aedes aegypti em depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico, como tonel, tina e barril e no lixo. Dessa forma, a SES orienta que, existindo a necessidade de armazenamento de água, seja feita a limpeza dos reservatórios de forma correta, lavando-os com escova e sempre mantendo-os cobertos. Também é recomendado que cada município busque estratégias permanentes para evitar o acúmulo de lixo e que trabalhem com educação ambiental junto aos escolares.
Todas estas ações serão analisadas e detalhadas pelo secretário de Saúde, Waldson Dias de Souza, e a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, durante coletiva com a imprensa nesta sexta-feira (8).
ASCOM/ via voz de pedra