Entidades de agricultores da Articulação do Semiárido Paraibano(ASA-PB) promoveram, em Campina Grande, o Intercâmbio Nacional dos Fundos Solidários envolvendo componentes de entidades que trabalham a economia solidária nas regiões Centro Oeste e Nordeste.
O encontro aconteceu no Centro de Eventos São Clemente , Bairro Bodocongó, durante os dias 29 de fevereiro, 01 e 02 de março(quarta-feira, quinta e sexta-feira) e contou com participação de experiências solidárias da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Piauí, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Distrito Federal e Mato grosso do Sul.
O encontro aconteceu no Centro de Eventos São Clemente , Bairro Bodocongó, durante os dias 29 de fevereiro, 01 e 02 de março(quarta-feira, quinta e sexta-feira) e contou com participação de experiências solidárias da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Piauí, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Distrito Federal e Mato grosso do Sul.
Durante os três dias os participantes visitaram experiências com economia solidária na Região do Coletivo do Cariri, Seridó e Curimataú; experiência no município de Aroeiras trabalhadas pelo Fórum das Lideranças do Agreste(Folia); experiências e trocas de saberes na região do Pólo da Borborema a exemplo de uma experiência na comunidade Ribeiro de Alagoa Nova onde as famílias administram fundos solidários com bancos de sementes da paixão, cisternas de placas, telas para cercar quintais ao redor das residências, criação de ovelhas e a experiência da comunidade Sussuarana de Juazeirinho, Cariri paraibano, onde famílias do Coletivo Regional desenvolvem diversas ações solidárias com cisternas de placas, reformas de telhados, construções, estruturação de quintais produtivos, criação de ovelhas, beneficiamento de frutas dentre outras.
“Existe um projeto denominado de projeto de apoio a fundos rotativos solidários, projeto que está acontecendo a nível nacional e distribuído por região, cada região com sua entidade que está assumindo a coordenação, então estamos aqui reunidos as regiões Nordeste e Centro Oeste, e o ponto principal é intercâmbios com trocas de saberes e sabores entre agricultores, entre homens e mulheres, jovens, lideranças comunitárias e eles vieram beber de nossa fonte porque já temos uma caminhada de fundos rotativos na Paraíba que por sinal, foi e está, sendo como uma referência e o projeto que foi pensado foi baseado nas nossas experiências como forma de levar nos outros estados o que a gente vem fazendo”, explica a componentes do Coletivo da ASA Paraíba no Sertão paraibano, Maria Elza Gomes, ao dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural do último domingo(04/03) via emissoras parceiras, argumentando que o forte das discussões é a importância dos fundos rotativos na promoção da qualidade de vida das famílias agricultoras, práticas solidárias organizadas nas atividades camponesas e que tendem se expandir no meio rural e urbano.
Valdir Cordeiro é assessor da ONG PATAC, foi parte na coordenação dos trabalhos, participou do Programa Domingo Rural falando sobre a importância do encontro e sobre os trabalhos expostos da região do Coletivo do Cariri, Seridó e Curimataú, onde parte dos integrantes visitou. “Em apresentação nós tivemos a ida a uma das comunidades acompanhadas pelo Patac e está articulada pelo Coletivo que é a comunidade Sussuarana lá em Juazeirinho assim como outras com dinâmicas da própria ASA também foram visitadas e é uma oportunidade da gente mostrar como é que na experiência da Paraíba as próprias comunidades fazem a gestão dos recursos que são coletivos, os recursos que compõem os fundos rotativos solidários”, comenta Valdir em entrevista a equipe Stúdio Rural, explicando que a Paraíba vive essas experiências desde o ano de 1993 articuladas pelas entidades na ASA Paraíba que tem assumido papel promover o diálogo das experiências e estimular para que as experiências se fortaleçam e se ampliem por todo o estado numa dinâmica de possibilitar a convivência com o semiárido na perspectiva de uma produção agroecológica. “Então os fundos rotativos solidários têm permitido as famílias fazerem experimentações adquirindo cercas de telas, adquirir suas cisternas, adquirir uma pra beneficiar frutas, uma freezer pra guardar essas frutas, ou seja, uma série de outras iniciativas que têm envolvido jovens, mulheres, os homens e famílias agricultoras criando perspectivas de conviver com a região que nós temos, com a forma de distribuição de chuvas que nós temos, mas também de está trabalhando de forma agroecológica essa produção”.
“O que foi mostrado, o que eles viram foi o conjunto de trabalho que a gente faz com fundos rotativos a bem do desenvolvimento das comunidades de Gameleira de Massaranduba, a gente trabalha com fundos rotativos diversificados com diversos trabalhos para a melhoria das comunidades e das famílias, trabalhando com agricultura familiar diversificada em diversos trabalhos que as pessoas necessitam no momento”, explica o agricultor Juvenal ferreira Couto que reside e trabalha na comunidade Gameleira, município de Massaranduba, Agreste paraibano.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
Postar um comentário