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Base complica situação de Cabral em momento decisivo
Compromissos partidários locais não tiveram peso na votação que livrou o governador Sérgio Cabral (PMDB) de depor na CPI do Cachoeira. Cabral teve em seu benefício três votos decisivos do oposicionista PSDB, mas viu cinco parlamentares de partidos que integram sua base no Estado votarem a favor da convocação. No final, saiu vitorioso por 17 votos a 11.
Entre os filiados a partidos aliados de Cabral que votaram pela convocação do governador estavam dois deputados do Rio: Miro Teixeira, do PDT, e Hugo Leal, do PSC. Também foram favoráveis à presença do governador na CPI o senador Pedro Taques (PDT-MT) e os deputados Paulo Foletto (PSB-ES) e Sílvio Costa (PTB-PE). O PPS e o PSD, que recentemente se aliaram a Cabral no Rio mas não integram a base da presidente Dilma Rousseff, foram favoráveis à convocação do governador, com os votos do deputado Rubens Bueno (PPS-PR) e da senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
"Amo o Rio e não quero ver o Estado nas manchetes internacionais por um embate político. Seria um desserviço ao País e ao Estado convocar Cabral." Parece um aliado falando, mas é o senador do PSDB Cássio Cunha Lima (PB), que votou contra a convocação de Cabral. O tucano teve o mandato de governador da Paraíba cassado por abuso do poder econômico e foi eleito senador em 2010. "Enfrentei uma crise, sei o quanto é custoso para o Estado. Contra Cabral, há apenas fotos de péssimo gosto", afirma Cunha Lima, em referência à divulgação de imagens de viagens de Cabral à França em companhia de Fernando Cavendish, ex-dono da construtora Delta, investigada na CPI.
"Sempre dissemos que a CPI tem que ser imparcial. Não seria coerente votar pela convocação de Cabral se até agora não há notícia, nas investigações, de nenhuma ligação ilícita do governador", argumenta o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). O voto dos companheiros contrariou o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), pré-candidato a prefeito do Rio que vinha trabalhando pela convocação do adversário Cabral. "Acho que esse assunto deveria ter sido mais discutido no partido", reclama Otávio Leite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
PB Agora
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