Criado para levar energia elétrica e ser um vetor de desenvolvimento econômico e social nas comunidades rurais, o programa Luz para Todos atingiu em abril de 2012 a marca de 2.940.720 famílias atendidas em todo o País.
A nova etapa do programa, lançada pelo Decreto Presidencial nº 7.520 de 8 de julho de 2011, para atuação até 2014, concentrará as suas ações principalmente no atendimento às pessoas beneficiadas pelo Plano Brasil Sem Miséria e pelo Programa Territórios da Cidadania.
Para garantir o acesso à energia elétrica nas regiões remotas, serão elaborados projetos especiais que preveem o uso de fontes alternativas de energia elétrica através de sistemas de geração descentralizada com mini e micro centrais hidrelétricas, sistemas hidrocinéticos, usinas térmicas a biocombustíveis ou gás natural, usina solar fotovoltaica, geradores eólicos e sistemas híbridos.
O programa também utiliza cabos subaquáticos para viabilizar o atendimento aos moradores de ilhas fluviais e oceânicas. No Amazonas já foram utilizados mais de 28 mil metros de cabos subaquáticos e postes de fibra de vidro, que por flutuarem são transportados facilmente em pequenas embarcações, possibilitando a instalação de redes em pontos de difícil acesso.
Na Ilha de Marajó, no município paraense de Curralinho, as comunidades de Araras Grande Sul, Araras Pequena, Araras Grande Norte e Arara Micro estão recebendo energia elétrica gerada em miniusinas fotovoltaicas e distribuídas por minirredes. Na comunidade Araras Grandes Norte, o Luz para Todos também utiliza para geração de energia torres com aerogeradores movidos pela força do vento.
Diferencial - O Luz para Todos é uma iniciativa do governo federal que busca levar a todos os brasileiros do meio rural o acesso à energia elétrica e apresenta como diferencial o fato de as ligações serem gratuitas. O programa se diferencia também por priorizar a mão de obra local e a compra de materiais e equipamentos nacionais, bem como estimular o uso produtivo da energia elétrica.
A chegada da energia elétrica representa um novo estímulo para a fixação do homem no campo, além de contribuir para o retorno de antigos moradores da zona rural que viviam em áreas urbanas. Essa inversão do fluxo migratório fez com que novas famílias sem atendimento fossem identificadas. Em 2009, pesquisa do Ministério de Minas e Energia (MME) em comunidades atendidas pelo programa apontou que 4,8% do total de famílias pesquisadas voltaram a residir no meio rural após a chegada da energia elétrica. A previsão é que outros 715.939 domicílios, identificados pelo Censo do IBGE 2010, sejam atendidos até 2014. Deste total, já foram beneficiadas 286.184 famílias, de janeiro de 2011 a abril 2012.
O programa atendeu 101.646 famílias do Plano Brasil Sem Miséria, o que representa 39,5% da meta das 257 mil famílias localizadas na faixa da extrema pobreza, identificada pelo Censo 2010 do IBGE.
Fonte: www.secom.gov.br
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