Candidatos Maduro e Capriles votam em eleição na Venezuela


À esquerda, candidato Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez; à direita, candidato Henrique Capriles, de oposição (Foto: Raul Arboleda/Ronaldo Schemidt/AFP)Os candidatos à eleição na Venezuela, Nicolás Maduro e Henrique Capriles, votaram na tarde deste domingo (14), informaram agências internacionais. O herdeiro político de Hugo Chávez, Maduro, votou em Caracas.
"Estão havendo recordes de participação", afirmou Maduro ao votar, ponderando que mais de 11,5 milhões dos 18,9 milhões de eleitores no país já depositaram seus votos nas urnas, de acordo com a EFE.

"Hoje estamos aqui e as notícias são muito boas. Vocês sabem, está havendo recordes de participação por toda a Venezuela", disse o herdeiro político de Chávez às agências de notícias. Ele assinalou estar passando por "uma grande emoção durante todo o dia". "A história continua, a história é a garantia, falta muito aoinda por fazer", ressaltou.
Já Capriles, que também votou em Caracas, pediu a seus eleitores que participem do processo eleitoral  "em massa", de acordo com a Reuters.

"Nossa força está no processo [eleitoral] e, por essa razão, pelas pessoas que têm esperado um chamado para a 'avalanche' [de votos], especialmente os estudantes, não vamos esperar mais. Peço que vão para os centros de votação. Façam uma 'avalanche' até que as urnas estejam encerradas", disse o governador do estado de Miranda.
"Vamos Comandados quebrar recordes de Participação de nossa Democracia Mobilizada. O Soberano Decidirá o Rumo da Pátria de Bolívar", escreveu Maduro, mais cedo, em seu perfil no Twitter.
Madrugada
Neste domingo (14), o processo eleitoral para escolher o sucessor do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu em março de um câncer, começou na madrugada, antes das 4 da manhã. Os mais de 13 mil centros de votação abriram às 6h locais (7h30 de Brasília).

Às 8h, segundo cifras do Conselho Nacional Eleitoral, 86% dos centros de votação estavam funcionando. Maduro tem vantagem na maioria das pesquisas de intenção de voto, em grande parte graças ao apoio que Chávez lhe deu antes de morrer de câncer, de acordo com a Reuters.
Mas a diferença entre os dois candidatos diminuiu nos últimos dias de campanha, e uma das pesquisas aponta vantagem de apenas 7 pontos porcentuais para Maduro. O resultado pode ser divulgado ainda neste domingo (14).
O rival de Maduro, Capriles, afirmou que os venezuelanos estão cansados das políticas divisionistas dos chavistas e que o apoio que vem obtendo cresceu a ponto de lhe garantir uma surpreendente vitória nas urnas.
Economia
O sucessor de Chávez, que governará até 2019, enfrentará o desafio de reativar uma economia que começa a naufragar e de administrar uma profunda polarização social, depois de tanos anos de poder nas mãos de um líder tão carismático quanto controvertido.

A campanha eleitoral dos dois candidatos foi movida pela emoção, com o presidente interino, Maduro, usando da aura mística do falecido morto e com o líder opositor declarando-se numa "cruzada entre o bem e o mal".
O próximo presidente tomará posse no dia 19 de abril. Seu primeiro desafio será enfrentar a economia à beira do colapso, depois de anos de um "boom" petroleiro que permitiu a Chávez custear as chamadas "missões" sociais para as classes populares.
Os analistas enumeram um coquetel explosivo: uma produção decadente, escassez generalizada, inflação de 20% em 2012, seca de divisas, tudo isso combinado com um aparelho público endividado (déficit de 15% do PIB) e um preço do barril de petróleo estancado em US$ 100.
Com seis milhões de beneficiados pelas missões e três milhões de pensionistas - quase 30% da população, Agustín Blanco, historiador e autor do livro "Fala o Comandante", acha uma mudança radical é imperiosa para o país.
"É preciso colocar todos os venezuelanos para produzir, mas os dois candidatos seguem a mesma política assistencialista: eu vou repartir mais do que você", lamenta, temendo "o maior colapso econômico dos últimos 50 anos".
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arte - venezuela candidatos - 9/4  (Foto: Arte/G1)
































RADIALISTA SEBASTIÃO BARBOSA 
COM G1 

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