Comandada por marqueteiros brasileiros, a propaganda eleitoral dos dois principais candidatos à Presidência da Venezuela na televisão poderia soar familiar para os brasileiros, lembrando algumas peças das campanhas exitosas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente Hugo Chávez, que tenta o terceiro mandato consecutivo, escalou para sua campanha o publicitário João Santana, responsável pelas campanhas de Lula e da presidenta Dilma Rousseff.
Já a campanha do centro-direitista Henrique Capriles, primeiro candidato oposicionista com reais chances de enfrentar Chávez em quase 14 anos de mandato, contou com a ajuda dos marqueteiros brasileiros Chico Mendez e Renato Pereira, responsáveis por campanhas do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do prefeito e candidato à reeleição Eduardo Paes.
Uma das peças da campanha chavista usa como slogan uma versão de um dos mais famosos bordões do ex-presidente, o “Nunca antes na história desse país”. “Eso nunca se había visto en ese país”, exclama das participantes de um dos spots sobre os teleféricos instalados por Chávez em morros da capital Caracas.
O mesmo mote é usado em outras quatro peças, sobre o subsídio do governo ao preço dos alimentos, o atendimento à saúde e a distribuição de laptops para alunos de escolas públicas, este último também um projeto do governo petista.
O próprio Lula gravou, ainda em julho, quando se recuperava da retirada de um tumor na tireoide, uma mensagem de apoio a Chávez. “Chávez, conte comigo, conte conosco do PT, conte com a solidariedade e apoio de cada militante de esquerda, de cada democrata e de cada latinoamericano. Tua vitória, será nossa vitória”, diz no vídeo exibido no programa do socialista.
‘Modelo Lula’
A mensagem de apoio de Lula foi uma maneira da campanha chavista de demonstrar maior proximidade do presidente com o petista, também presente em inserções e no discurso de Henrique Capriles, que já disse querer implantar um “modelo Lula” caso vença as eleições.
‘Modelo Lula’
A mensagem de apoio de Lula foi uma maneira da campanha chavista de demonstrar maior proximidade do presidente com o petista, também presente em inserções e no discurso de Henrique Capriles, que já disse querer implantar um “modelo Lula” caso vença as eleições.
Em uma das peças da campanha rival, Capriles se compromete a manter as “missões”, programas sociais que são uma das maiores vitrines do governo Chávez, como o “Hambre Cero”, versão do programa lulista que diz ter beneficiado 200 mil pessoas no estado de Miranda, governado por ele.
“Nosso compromisso, além de fortalecer as missões atuais, é criar novas. Fome Zero, para que nenhum venezuelano vá para a cama sem comer”, afirma o oposicionista, ecoando outra conhecida frase do ex-presidente brasileiro.
Após a declaração de apoio de Lula a Chávez, o opositor passou a reivindicar o "modelo brasileiro" iniciado no governo de Fernando Henrique Cardoso. "Não se trata de personalizar as coisas (…) o Brasil foi exitoso, tem sido exitoso, depois que aplicou seu Plano Real. Por que a Venezuela não pode conseguir?", disse em entrevistas a jornalistas estrangeiros.
“Nosso compromisso, além de fortalecer as missões atuais, é criar novas. Fome Zero, para que nenhum venezuelano vá para a cama sem comer”, afirma o oposicionista, ecoando outra conhecida frase do ex-presidente brasileiro.
Após a declaração de apoio de Lula a Chávez, o opositor passou a reivindicar o "modelo brasileiro" iniciado no governo de Fernando Henrique Cardoso. "Não se trata de personalizar as coisas (…) o Brasil foi exitoso, tem sido exitoso, depois que aplicou seu Plano Real. Por que a Venezuela não pode conseguir?", disse em entrevistas a jornalistas estrangeiros.
G1
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